Segundo o MP-CE, Bebeto Queiroz seria o principal empresário financiador de campanhas de dezenas de prefeitos com aval do deputado federal Júnior Mano (PL), dentro de um suposto esquema de desvio de emendas parlamentares.
Em sessão no tribunal nessa quinta-feira, o TRE-CE suspendeu o julgamento de um Habeas Corpus pedido pela defesa do prefeito eleito de Choró, Bebeto Queiroz (PSB), que segue foragido da justiça após mandado de prisão por envolvimento em um mega esquema de desvio de dinheiro com emendas parlamentares, fraudes em licitações e compra de votos e prefeituras.
Na sessão, a Corte suspendeu o julgamento do HC e remeteu os autos para o STF por envolvimento do deputado federal Júnior Mano (PL), nas investigações do processo na qual Bebeto Queiroz teve prisão decretada por duas vezes consecutivas pela justiça. Segundo o Ministério Público do Ceará, Bebeto Queiroz seria o principal empresário a bancar campanhas de dezenas de prefeitos. Ele teria influência nas prefeituras por razão de ser o principal operador das emendas parlamentares do Deputado Júnior Mano, conforme aponta as investigações.
Uma das revelações do esquema foi feita em depoimento pela prefeita de Canindé, Rozária Ximenes, ao MP-CE. O foro privilegiado é direito atribuído a algumas autoridades, incluindo deputados federais que ocupam cargos públicos, de não serem julgadas perante a primeira instância. O foro privilegiado visa proteger cargos específicos, porque é de interesse público evitar decisões arbitrárias. Bebeto Queiroz é investigado por suposta participação em uma organização criminosa que atuava na compra de votos “em mais de 50 prefeituras do Ceará”. Em novembro, ele chegou a ser preso pela Polícia Civil, mas foi solto dez dias depois.