O fim do ano chegou, mas o planejamento tributário para 2023 já precisa ser iniciado. Isso porque, com organização, as empresas preveem pagar menos impostos.
Estudos apontam que as companhias pagam até 34% de tributos sobre o lucro, mas todo empresário sabe que esses valores se mostram muito maiores se forem consideradas outras questões como impostos indiretos (ISS, ICMS, Pis, Cofins, IPI), encargos trabalhistas, taxas e outras obrigatoriedade.
Existem três principais tipos de tributação: Simples Nacional, Lucro Presumido e Lucro Real. “O que é bem interessante é que a maioria das empresas optam pelo Simples Nacional, sendo que em muitos casos é o regime tributário mais oneroso e mais fiscalizado por malhas eletrônicas”, destaca Jefferson Lopes, contador e sócio- administrador da Objetiva Soluções Contábeis.
O que deve ser observado além dos próprios regimes é que dentro deles existem inúmeras possibilidades de adquirir benefícios fiscais como: reduções de base de cálculo dos tributos, postergação do pagamento dos impostos, isenções ou alíquota zero por determinado período dos tributos, inclusive reinvestimento de impostos.
Quem não faz planejamento tributário está suscetível a diversos riscos. “Acaba gerando perdas e deixa de ser competitivo com os concorrentes”, pontua.
Como fazer o planejamento
Para fazer o planejamento assertivo, o primeiro passo é mapear junto com o contador e um advogado tributarista todas as operações da empresa, para que sejam detectadas todas as possíveis oportunidades tributárias.
Nessa primeira etapa, deve ser analisados os seguintes itens: tributação de cada item e serviço da empresa e apreciar as contas para saber quais os resultados, sejam eles positivos ou negativos.
“É comum encontrarmos uma empresa que deveria estar no Lucro Real, mas se encontra em outro regime pagando impostos a mais “, ressalta o especialista.
Outra importante medida é executar um diagnóstico das operações já realizadas para que se averigue os riscos das operações que a empresa está executando.
“É necessário verificar se a empresa já pagou ou está pagando imposto indevido. Parece estranho, mas segundo pesquisa do IBGE 95% das ME e EPP pagam impostos de forma indevida. Isso gera uma grande possibilidade de ter impostos a restituir”, conclui o contador.