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Passados 12 anos, quem são os verdadeiros mentores do 2º maior assalto a banco do mundo?

Nomes de políticos e empresários graúdos, e até funcionários do próprio banco, estariam está sendo abafado nas investigações do misterioso assalto que rendeu filme nacional

Um assalto surpreendente que ocorreu sem que nenhum dos alarmes fosse ativado com cerca de seis a dez homens roubando R$ 156 milhões de reais. O Ministério Público Federal denunciou mais de 120 suspeitos por envolvimento no crime, dos quais 36 teriam participação direta no assalto. Do total de denunciados, quase 50 foram condenados, 11 foram absolvidos e 65 aguardam julgamento. Restam dois foragidos, que vivem em vilarejos do sertão do Ceará tal qual o bando de Virgulino Lampião: fugindo da polícia, praticando crimes e intimidando a população local.

O assalto foi um exemplo de ousadia dos criminosos. Com equipamentos rudimentares, eles conseguiram cavar um túnel de 90 metros da casa que alugaram até o cofre do BC e levar três toneladas de dinheiro sem serem notados. As conseqüências do crime, contudo, foram catastróficas para os envolvidos, que se tornaram vítimas de extorsões por parte da polícia e de outros criminosos e foram caçados de modo implacável pela polícia, dada a magnitude do crime.

Eles sabiam onde estavam as câmeras, que não eram boas, não filmavam nada, e sabiam a parte em que estava o dinheiro que não era rastreado. De posse dessas informações, eles alugaram a casa e começaram a cavar o túnel, que tinha 89 metros e era equipado com iluminação, ar-condicionado, revestido com lona e madeira. O túnel era estreito, uma pessoa um pouco mais gorda não passaria. Eles furaram o chão do cofre com maquitas (produto usado para cortar cerâmica), que funcionam com discos de diamante, porque se eles quebrassem o piso o alarme iria disparar. Quando eles chegaram na caixa forte, começaram a carregar o dinheiro em baldes cortados no meio, que eram puxados por cordas. Eles tiraram o dinheiro entre a noite de sexta e a madrugada de sábado. Depois começaram a distribuir. Cada um foi para um canto do país: Goiás, Piauí, Pará… ”

Acompanhe em imagens, o caso do furto ao Banco Central de Fortaleza, das lentes do fotógrafo Jarbas Oliveira, um dos primeiro a chegar ao local do crime.