Bebeto é acusado de envolvimento em um esquema de corrupção pelo desvio de recursos de emendas parlamentares para compra de votos em 51 prefeitura de cidades no Ceará.
Mesmo após três meses foragido da Justiça, o prefeito eleito de Choró, Bebeto Queiroz (PSB), ainda não foi localizado pela Polícia Federal e Polícia Civil do Ceará. Ainda que não haja regulamentação específica, parte dos estados brasileiros já utiliza mecanismos de reconhecimento facial para efetuar prisões.
Considerado foragido, após se tornar alvo de dois mandados de prisão preventiva, consecutivos, na Operação Vis Occulta, deflagrada em dezembro do ano passado, Bebeto é acusado de envolvimento em um esquema de corrupção pelo desvio de recursos de emendas parlamentares para compra de votos em 51 prefeituras de cidades no Ceará. Ao que apontou a investigação da PF, foram realizadas dezenas de transferências de recursos financeiros para eleitores e candidatos, tanto por Bebeto como por aliados.
Os investigadores indicaram que o prefeito eleito cometeu abuso de poder econômico, que a rede criminosa chegou a envolver um oficial da Polícia Rodoviária Estadual (PRE) e que a estratégia teria participação de um deputado federal, Júnior Mano (PSB). O parlamentar nega envolvimento.
Segundo a PF, Bebeto seria o Operador de um esquema de “caixa dois”, envolvendo contratos públicos direcionados para empresas vinculadas à organização criminosa. O volume de contratos da empresa envolvida, cujo principal serviço foi o transporte escolar, chegou a R$ 318,9 milhões, segundo as investigações, e implicam mais de 50 municípios.