Política

Lula e o filho serão interrogados em processo de lavagem de dinheiro

O juiz Vallisney de Oliveira marcou para 20 de fevereiro o interrogatório de Lula e do filho Luís Claudio na ação penal dos caças.

O interrogatório havia sido marcado inicialmente para 30 de outubro, mas acabou sendo adiado duas vezes. Também serão ouvidos os lobistas Mauro Marcondes Machado e Cristina Mautoni.

A denúncia do Ministério Público Federal que deu origem à ação penal aberta pela Justiça é resultado de investigações sobre compra pelo governo federal de 36 caças suecos e sobre a aprovação no Congresso de uma medida provisória que envolveu incentivos fiscais a montadoras. De acordo com o MPF, os crimes teriam sido praticados entre 2013 e 2015, quando Lula, como ex-presidente, teria participado de um esquema para beneficiar empresas junto ao governo Dilma Rousseff.

O depoimento de Lula está marcado para a manhã do dia 20 de fevereiro, segundo a decisão da Justiça Federal.

O interrogatório de Lula já chegou a ser adiado por decisão do desembargador Néviton Guedes, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) – que determinou que o depoimento só ocorresse depois de ouvidas todas as testemunhas do processo, inclusive no exterior. Os advogados do ex- presidente chegaram a indicar mais de 80 testemunhas pra depor – o que foi interpretado pelo Ministério Público, responsável pela acusação, como forma de adiar ao máximo o julgamento.

Lula é réu nesse caso por de tráfico de influência, organização criminosa e lavagem de dinheiro, junto com seu filho Luís Cláudio Lula da Silva e os lobistas Mauro Marcondes e Cristina Mautoni. O filho de Lula e os lobistas serão ouvidos no mesmo dia. O ex-presidente sempre negou as acusações, dizendo que jamais interferiu na aprovação de medidas provisórias ou mesmo no processo de escolha e compra dos caças pelo Brasil.