Política

A pedido da PF e do MPF, Justiça autoriza quebra do sigilo bancário de Cid Gomes e Camilo Santana

Cid Gomes teria pedido aos executivos da empresa propina de R$ 25 milhões em troca da liberação de créditos tributários em nome de empresas do grupo J&F. 

A Justiça Federal do Ceará autorizou a quebra dos sigilos bancário e fiscal do senador Cid Gomes (PDT-CE) e do governador do Ceará Camilo Santana (PT-CE) no âmbito do inquérito que apura a concessão de benefícios tributários a empresas do grupo J&F, dos irmãos Joesley e Wesley Batista, em troca de propina para campanhas políticas.

O pedido foi feito pela Polícia Federal e validado pelo Ministério Público Federal (MPF). Segundo informações que constam do inquérito, em 2010, Gomes teria pedido aos executivos da empresa doação de R$ 5 milhões em troca da liberação de créditos tributários em nome de empresas do grupo J&F. Em 2014, um novo pedido teria sido feito, porém, no valor de R$ 20 milhões, com o objetivo de irrigar campanhas no estado — incluindo a do petista Camilo Santana, apoiado por Cid Gomes.

Diante da negativa da empresa dos irmãos Batista, o então deputado federal  Antonio Balhamann Cardoso Nunes Filho (PDT-CE) teria interferido em favor de Gomes afirmando que o Ceará realizaria restituições tributárias da ordem de R$ 110 milhões ao grupo empresarial.