O mês de setembro, muitas vezes, é pautado pela campanha do Setembro Amarelo, que visa conscientizar e prevenir os brasileiros sobre o suicídio. No entanto, não se pode deixar de lembrar do Setembro Verde. A campanha envolve dois temas muito importantes: a doação de órgãos e a prevenção e inclusão de pessoas com deficiência.
“A doação de um órgão é decisiva para determinar a sobrevivência de uma pessoa. Existem milhares de pacientes na fila de espera para receber um órgão. A doação, por vezes, é a única esperança de salvar uma vida”, afirma o médico Francisco Monteiro de Castro Júnior, diretor do Hospital São Carlos.
Esta unidade de saúde foi o segundo hospital do Brasil a realizar mais transplantes de fígado no ano passado e o primeiro do nosso Estado a realizar transplante hepático intervivo já neste ano.
De acordo com a legislação brasileira, só é possível realizar a doação de órgãos mediante autorização do cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo maior de idade, de primeiro ou segundo grau. “Por isso a importância de conscientizarmos a população sobre a autorização. Um só doador pode salvar a vida de até 8 pessoas na fila da doação”, reforça o médico.
Pessoas com deficiência
O Setembro Verde ainda aborda a inclusão de pessoas com deficiência. O tema, também abraçado pelo Hospital São Carlos, visa garantir os direitos que vão desde o atendimento prioritários em estabelecimentos até o direito à participação na saúde do Brasil.
“As pessoas com deficiência sofrem situações de discriminação e capacitismo. É preciso possibilitar oportunidades de acesso a partir da igualdade, buscando a adaptação do meio para gerar a equidade”, explica o médico José Wilson Meireles, também diretor do Hospital São Carlos.
“Devemos respeitar, entender e atender as necessidades das pessoas com deficiência. É importante, mesmo após o Setembro Verde, continuarmos debatendo sobre essa temática”, comenta Wilson Meireles.