O presidente da Fecomércio no Ceará, Maurício Filizola, comentou as possíveis reformulações no Sistema S no próximo governo e o impacto disso na cultura local.
Os recursos do Sistema S entraram na mira da eleição presidencial como saída para minimizar o déficit de R$ 139 bilhões em 2019. A nota diz que Paulo Guedes, o ministro da Fazenda de Jair Bolsonaro (PSL), tem defendido em suas palestras para o mercado acabar com todos os repasses.
Maurício Filizola amenizou a repercussão nacional do tema e disse que “é necessário sempre diálogo”. Filizola tranquilizou os trabalhadores da Cultura a respeito do que ele considera um “ruído da imprensa”. “Nesse momento, podem ficar tranquilos porque eu acho que nós temos muitas Mostras Sesc pela frente”, afirmou, tomando como exemplo o evento que este ano reunirá, entre os dias 16 e 20 de novembro, mais de 300 ações culturais gratuitas, distribuídas em 26 cidades da região do Cariri cearense, com expectativa de 300 mil pessoas de público.
Danilo Santos de Miranda, diretor regional do Sesc paulista, está preocupado com a informação de que a equipe econômica de Jair Bolsonaro vai acabar com os “patrocínios” do Sistema S.
Para Miranda, as eventuais mudanças podem configurar “censura”.
“Se estão entendendo patrocínio como as ações de caráter cultural, teatro, música, dança, que são feitas pelos Sescs do Brasil inteiro e o Sesc de São Paulo em particular, claro que é uma tentativa de boicotar, censurar, impedir que a gente continue fazendo isso”, contestou Miranda.