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Farra das emendas pode ser maior que o ‘Mensalão’; Ceará tem deputado federal indiciado pela PF

A organização criminosa encabeçada por deputados federais, ajusta editais, elimina concorrentes e negocia pagamentos de propina para prefeitos em troca de apoio político.

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Uma megaoperação da Polícia Federal desmontou uma quadrilha formada por deputados, empresários e servidores públicos que atuam dentro de várias prefeituras em todo país, incluindo o Ceará. Eles usam emendas parlamentares para fraudar licitações, comprar prefeitos e superfaturar contratos públicos, um dos casos citados foi na Bahia.

O ministro do STF, Flávio Dino, classificou o caso como “O Ápice da balbúrdia” e bloqueou R$ 4,2 bilhões em emendas destinados a deputados e senadores. A organização criminosa encabeçada por deputados federais ajusta editais, elimina concorrentes e negocia pagamentos de propina para prefeitos em troca de apoio político. Durante as eleições a Polícia Federal do Ceará apreendeu R$ 600 mil em espécie dentro de uma Hilux em uma operação realizada contra um grupo criminoso envolvido em um esquema de compra de votos no Ceará. Teve até uma longa delação de uma prefeita no Ceará detalhando o esquema que envolve o deputado federal cearense.

A polícia federal concluiu um inquérito onde apontou o deputado federal com um “papel central” no esquema de manipulação de eleições municipais em 51 cidades no Ceará por meio de compra de votos além de participação em desvios de recursos oriundos de emendas parlamentares, mostram documentos obtidos pela imprensa nacional. A PF concluiu a investigação do inquérito dentro das operações “Mercato Clausu” e “Vis Occulta” no dia 18 de dezembro. Inicialmente, a corporação apontou que um amigo do deputado federal mencionado na delação — o prefeito eleito de Choró (CE), Bebeto Queiroz (PSB), seria o líder e operador da organização criminosa de compra de votos e lavagem de dinheiro a partir de contratos de prefeituras do estado com empresas de fachada.