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Após vazamento, Alcolumbre promete revisar gastos com cartões corporativos

Senado deu início a revisão em todas as notas fiscais de alimentação pagas com cartões corporativos entre 2014 e 2019. O objetivo é descobrir despesas pessoais com dinheiro público e exigir devolução da verba.

Em 18 de fevereiro de 2019, também houve a criação de um grupo interno para aprimorar o uso da forma de pagamento. Os integrantes são aliados da diretora-geral do Senado, que registrou o segundo maior gasto com o cartão no ano passado. Suas despesas, porém, não farão parte da revisão. Segundo ela, não foram comprados alimentos na sua cota. 

De acordo com fontes da administração da Casa, depois da revisão das notas de 2018, aproximadamente R$ 4.500 foram reembolsados pelo secretário-geral da Mesa Diretora da Casa, Luiz Fernando Bandeira de Mello. No entanto, mesmo com a constatação da irregularidade, não houve punição administrativa ao servidor.

Sabonete líquido e flores
Além dos suplementos alimentares e gastos em restaurantes, notas que foram alvo da auditoria mostram que a servidora Ludmila Castro também efetuou uma compra de R$ 755,70 em 9 litros de sabonete líquido com aromas de flor de cerejeira e 24 litros com aroma de morango, nas lojas Renner, no dia 5 de março de 2018.

Ludmila também comprou dois potes de vidro por R$ 339,60, na loja Utilidades Dular, no dia 2 de fevereiro de 2018. Três dias depois, foram realizadas compras de flores que, somadas, chegam a R$ 242, na loja Fascinação, na Asa Sul. A data é a mesma da aquisição de duas plantas jardineiras por R$ 800, em 5 de março, na loja Flores do Paranoá.

Ainda de acordo com a norma, os cartões devem ser utilizados para atender despesas eventuais, em caráter sigiloso ou de pequeno vulto. “Cumpre salientar que senadores não têm direito a uso de suprimento de fundos, pois não são considerados servidores públicos, mas sim agentes políticos”, explica o Senado.

Ainda de acordo com a Casa, o servidor que receber suprimento de fundos é obrigado a prestar contas de sua aplicação, “sujeitando-se à tomada de contas especial se não o fizer nos prazos fixados”.