Ceará, Turismo

“Traiu o Turismo”, diz Arialdo Pinho sobre Elmano após autorizar privatização de Jericoacoara

Após ser noticiado o resultado do leilão por R$ 61 milhões, o ex-secretário de Turismo do Estado criticou nas redes sociais que “acabaram com Jericoacoara” com a iniciativa.

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Ex-secretário de Turismo do Governo do Ceará nos governos de Cid Gomes (PDT) e Camilo Santana (PT), o ex-deputado Arialdo Pinho comentou a privatização do Parque Nacional de Jericoacoara pelo prefeito Lindbergh Martins do (PSD) e pelo governador Elmano de Freitas (PT) por apenas R$ 61 milhões. “Acho um erro grave o que o governo do PT faz com um dos maiores destinos turísticos deste país. Demonstra que o turismo no país é visto como assunto menor. Um destino que foi desenvolvido pela sua vocação e pelo povo que lá vive, que entendeu que o turismo livre seria melhor para sua vila. Agora privatizada, qualquer espaço do parque poderá ter hotéis e qualquer atrativo turístico dentro do parque. Isso é trair o turismo”, afirmou Arialdo.

Após ser noticiado o resultado do leilão, Arialdo comentou nas redes sociais que “acabaram com Jericoacoara” com a iniciativa.

Após ser privatizado, leiloado e vendido por R$ 61 milhões ao longo de 30 anos para consórcio formado pelas empresas Construcap e pelo Grupo Cataratas, o Parque Nacional de Jericoacoara passada por mudanças administrativas. O contrato prevê a cobrança de ingressos pelas empresas com valores máximos pré-estabelecidos para cada temporada na Vila de Jericoacoara. Pelo que está previsto, durante o período de contrato a empresa poderá também mais que dobrar os valores.

A nova concessionária ficará ainda responsável por toda oferta de serviços de limpeza, segurança, manutenção de vias e brigada de incêndio. A mesma concessionária gerencia outro importante destino turístico nacional: Fernando de Noronha, em Pernambuco. Desde 2012, a EcoNoronha se responsabiliza pela prestação de serviços para quem deseja visitar a ilha paradisíaca. Além do controle de visitantes, a organização por lá também cuida da sustentabilidade e do manejo correto do ecoturismo no local, tendo como órgão fiscalizador o ICMBio. A EcoNoronha cobra taxa de R$ 106 para brasileiros e R$ 212 para estrangeiros que querem conhecer o destino. O montante arrecadado é investido em estruturas para a cobrança dos ingressos e para o apoio de visitantes.