Ceará

Entenda o caso que envolve deputado cearense em novo inquérito da PF; “suposta extorsão e a morte de advogado

Delator disse em depoimento que foi procurado pelo deputado, “que, por tê-lo beneficiado em emendas para a área da saúde ‘exigiu-lhe o pagamento pela parte da emenda como contribuição’. Disse, porém, que se negou a pagá-lo, alegando que mudara a sua atuação para o ramo de combustíveis”.

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A Procuradoria-Geral de Justiça do Ceará encaminhou para a Procuradoria-Geral da República materiais colhidos em processo judicial que tramita no Tribunal do Júri do Ceará, que “indicam a possível participação do deputado federal Júnior Mano (PSB) em um crime de extorsão e/ou corrupção passiva, ocorrido no município de Eusébio, que acabou resultado na execução do advogado, Di Angelis.

O ministro Alexandre de Moraes, encaminhou o caso à Polícia Federal com delegação da competência investigativa, para que, no prazo de 90 dias, realize as oitivas das partes envolvidas, a análise das mídias, relatórios. Em nota a imprensa, o deputado federal disse estar à disposição das autoridades policiais e judiciais para “o completo esclarecimento dos fatos” e nega qualquer envolvimento no caso.

O acusado pela execução e assassinato do advogado, Ernesto Wladimir, disse em depoimento que foi procurado por Júnior Mano, “que, por tê-lo beneficiado em emendas parlamentares para a área da saúde, exigiu-lhe a entrega de pagamento de dinheiro ou contribuição’ pelas emendas destinadas. Disse, porém, que se negou a pagá-lo, alegando que mudara a sua atuação para o ramo de combustíveis”. Por trás da morte do advogado há uma sequência de ameaças e exigência de pagamento de valor milionário em troca de retirar notícias de um blog de notícia cearense. Dias antes do assassinato do advogado, aconteceu a negociação para retirada das publicações no site.

De início, foi cobrado pouco mais de R$ 1,5 milhão com o suposto intermédio de Lúcio, também um dos delatores.