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Preço abusivo e cancelamento de viagens tem sido rotina em aplicativos de transporte em Fortaleza

De acordo levantamento feito junto ao site Reclame Aqui, empresa Uber já colecionava exatamente 158.987 reclamações de usuários nos últimos 3 anos e somente duas dessas reclamações respondidas.

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O transporte privado por aplicativo é de fato uma solução para o dia a dia de grandes metrópoles como Fortaleza. Isso é unanimidade entre todos, inclusive o poder público que buscou através de lei minimamente regulamentar essa atividade. Mas longe da satisfação inicial onde a experiência proporcionada aos passageiros que na comodidade de suas casas eram transportados até o local final de deslocamento, tem se tornado frustrante a utilização diária desse serviço.
De acordo com levantamento feito junto ao site Reclame Aqui, no dia 11 de julho desse ano, a empresa Uber já colecionava exatamente 158.987 reclamações de usuários nos últimos 3 anos e somente duas dessas reclamações respondidas. A falta de um feedback mais refinado junto aos usuários tem gerado milhares de publicações em redes sociais, expondo suas insatisfações. Isso é corroborado pelo fato de que as empresas Uber e 99, que detém a maior fatia do mercado local, não terem uma central de atendimento ou um Serviço de Atendimento ao Consumidor – SAC, para dar suporte aos motoristas e aos passageiros de forma mais dinâmica. 
As principais reclamações são cobrança abusiva, estorno do valor pago e cobrança duplicada. Muitos usuários e motoristas reclamam de falta de transparência. A liderança no número de insatisfações registradas nos últimos meses tem sido o cancelamento de viagens e o preço abusivo praticado pelos aplicativos.
“A política de reajuste de remuneração por parte dos aplicativos que está congelada há 5 anos, aliado ao crescente aumento do custo do combustível, tem pressionado os motoristas a aceitarem as viagens com valores maiores, e por evitarem corridas em áreas de risco por conta da violência urbana. Além da redução drástica do número de motoristas nas plataformas disponíveis nesse processo de retomada da economia”, justificou o representante da Associação dos Motorista de Aplicativos do Ceará – AMAP, Rafael Keylon.