Política

PF faz buscas na casa de Bolsonaro em Angra dos Reis; alvo é Carlos Bolsonaro

Fontes ligadas à Polícia Federal confirmaram  que o vereador e o ex-presidente saíram de lancha quando os agentes chegaram à casa da família.

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Carlos Bolsonaro, é alvo de operação da PF que investiga o uso político de instrumentos da Abin (Agência Brasileira de Inteligência). A operação desta segunda-feira, é um desdobramento da operação Vigilância Aproximada, desencadeada na semana passada e que mirou o deputado federal Ramagem (PL-RJ).

Ontem, domingo, o vereador federal participou de uma live com o ex-presidente da República Jair Bolsonaro, seu pai. No evento, Bolsonaro – o pai – criticou as operações da Polícia Federal, que miravam adversários do governo Lula. Eles acusam Lula (PT) e Flávio Dino, de fazerem uso da PF para perseguir adversários.

Carlos Bolsonaro é investigado pela PF por ter supostamente sido beneficiado das informações produzidas pela chamada “Abin paralela”. Segundo a PF, o ex-diretor-geral da Abin utilizou o software First Mile para monitorar aproximadamente 1,5 mil pessoas. Todas de forma ilegal. O ex-presidente é pelo menos dois de seus filhos, deixaram a casa de praia da família, em Angra dos Reis, antes de uma equipe da Polícia Federal (PF) chegar ao local para cumprir um mandado de busca e apreensão.

Carlos Bolsonaro é o primeiro filho de um ex-presidente da república ser alvo da PF na história do País. A PF cumpriu também buscas em sua casa no Rio e em seu gabinete com aval do ministro Alexandre de Moraes (STF). Um computador da ABIN foi encontrado na residência de Carlos Bolsonaro. Além da máquina, a PF também encontrou um token de acesso.

Os alvos da fase da operação desta segunda são o vereador Carlos Bolsonaro e pessoas ligadas a ele. Neste domingo (28), o filho, conhecido como “02”, participou de uma live, na mesma casa alvo da operação em Angra dos Reis, que contou com a presença do pai e dos irmãos, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP).

Como revelamos mais cedo, a PF suspeita que alguns relatórios paralelos da Abin foram produzidos a pedido de Carlos Bolsonaro justamente para atacar adversários políticos com uma estrutura montada no Palácio do Planalto. Esse seria o elo entre o “Gabinete do Ódio” e a “Abin paralela”, coordenada, conforme a PF, por Alexandre Ramagem.