Operação mira e investiga um deputado estadual de peso da base do governo suspeito de utilizar cargos de assessoria parlamentar para fazer “Rachadinha” e saldar dívidas com um advogado que atuava como agiota.
A deflagração da Operação “Simulatio”, conduzida pelo Ministério Público do Ceará e divulgada amplamente à imprensa nesta segunda-feira, provocou um verdadeiro reboliço nos bastidores da Assembleia Legislativa do Ceará.
Deputados Estaduais que ainda estão em recesso até o início de fevereiro, viram o episódio se transformar em uma crise entre o Legislativo e o MP-CE responsável pela investigação, já que os deputados não podem se manifestar. A Operação mira e investiga um deputado estadual de peso da base do governo suspeito de utilizar cargos de assessoria parlamentar para fazer “Rachadinha” e saldar dívidas com um advogado que atuava como agiota. Foram cumpridos oito mandatos de busca e apreensão na casa dos suspeitos, em Fortaleza e Maracanaú.
A principal insatisfação dos deputados estaria na não divulgação do deputado investigado que acabou deixando todos os 46 parlamentares da Casa sob suspeita. A Assembleia informou que não foi comunicada oficialmente pelo MP-CE. De acordo com o Ministério Público, o deputado estadual fazia empréstimos financeiros ao advogado. Em seguida, o parlamentar oferecia cargos de assessor parlamentar no próprio gabinete para que o agiota indicasse nomes. Esses funcionários “fantasmas” repassavam ao advogado parte dos salários para pagar as dívidas deputado.