Brasil

Negócios / “A expectativa desse ano é que 2,5 milhões de empregos sejam criados”, diz Meirelles

O emprego já começou a ser criado. Criamos, no ano passado, mais de 1 milhão de empregos. A expectativa desse ano é a de que 2,5 milhões de empregos sejam criados. Mas o fato é que há ainda muitos desempregados.

Ao ser eleito para o cargo de deputado federal em 2002, após comandar o BankBoston, o engenheiro goiano Henrique Meirelles já deixava claro as intenções de trilhar uma carreira política. Na época, ele aceitou abdicar do mandato parlamentar para assumir o Banco Central a convite do então presidente Lula. O bom desempenho no cargo, que ocupou até 2010, o credenciou para voltar ao governo, em 2016, com a missão de tirar o País da sua mais longeva recessão.

O avanço de 1% do PIB em 2017 (leia reportagem) mostra que parte do compromisso foi alcançado. Nesta entrevista à DINHEIRO, o ministro da Fazenda detalha os ajustes que ainda serão necessários para elevar o potencial de crescimento da economia brasileira, explica como pretende fazê-los e diz que ainda está avaliando sua candidatura à Presidência.

“Evidentemente que diversos fatores podem influenciar na avaliação do governo. Primeiramente, existe um número muito grande de desempregados. O emprego já começou a ser criado. Criamos, no ano passado, mais de 1 milhão de empregos. A expectativa desse ano é a de que 2,5 milhões de empregos sejam criados. Mas o fato é que há ainda muitos desempregados. São 12 milhões de pessoas. Quem está desempregado acha que a situação está péssima e com razão. A outra coisa é inflação. A inflação caiu, é verdade. Mas as pessoas têm a memória de inflação muito alta. Preços que subiram muito começam a subir menos. É uma questão de a população começar a perceber e sentir a queda da inflação. Outro fator muito importante são as ações de segurança pública. Primeiro foi a intervenção no Rio de Janeiro. Agora, o próximo passo é começar a ver a questão de segurança no resto do País. Tudo isso, aos poucos, vai começar a ficar claro e atingir a maior parte da população. Não atingiu ainda a maioria da população. Mas isso vem com o tempo”, finaliza.