A ação apura irregularidades na compra de medicamentos e materiais médico-hospitalares pela Secretaria de Saúde do Estado. Foram identificados superfaturamento de preços, fraude na troca de materiais, pagamento à fornecedores antecipadamente e recebimento de materiais sem registro.
O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE), por meio do Grupo de Combate às Organizações Criminosas (GAECO) e do Núcleo de Investigação Criminal (NUINC), e o Ministério Público de Contas junto ao Tribunal de Contas do Estado, com apoio da Polícia Civil, por meio da Delegacia de Crimes Contra a Administração e Finanças Públicas (DCCAFP), deflagraram na manhã desta quinta-feira (19/10) a Operação Medicar. A ação apura irregularidades na compra de medicamentos e materiais médico-hospitalares pela Secretaria da Saúde do Estado do Ceará (SESA).
De acordo com as investigações, tal prática contou com a anuência de servidores da Secretaria, os quais geriam esses contratos como se fossem verdadeiras “cartas de crédito”, por meio das quais demandavam outros produtos aos fornecedores e lançavam informações falsas nos sistemas de controle da Administração Pública. Os investigados responderão pelos crimes de organização criminosa, inserção de dados falsos em sistema de informação, falsidade ideológica, fraude à licitação, dentre outros.
Nesta fase da Operação, foram presos temporariamente Walécia Diana Gadelha Maia, servidora da SESA, e o empresário Francisco Reginaldo Alencar Costa. Também foram cumpridos mandados judiciais de busca e apreensão nas residências dos investigados, na empresa Regifarma e nos seguintes setores da SESA: Centro de Distribuição de Medicamentos e Núcleo de Aquisição de Insumos. Algumas diligências ainda estão sendo realizadas com apoio da Polícia Civil e Polícia Federal visando a prisão de outros investigados.