Ceará, Brasil

Maioria dos cearenses demostram insatisfação com trabalho das Forças Armadas no Estado

Entre 19 e 24 de fevereiro, o estado teve 170 homicídios, uma média de 24 mortes por dia, já com a atuação das Forças Armadas no Estado. Bolsonaro deve decidir hoje se irá ou não prorrogar GLO no Ceará.

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A Secretaria da Segurança Pública do Ceará informou nesta quinta-feira (27) que não vai mais divulgar o número de homicídios ocorridos durante o motim de parte dos policiais militares. Conforme a pasta, “com o fim do carnaval, há um acúmulo de trabalho no setor de estatística, que deve ser normalizado nos próximos dias”.

Entre 19 e 24 de fevereiro, o estado teve 170 homicídios, uma média de 24 mortes por dia, conforme a Secretaria da Segurança. Antes do início da paralisação dos policiais, a média no Ceará neste ano era três vezes menor, com oito assassinatos por dia.

Ontem, (27), os Policiais militares rejeitaram uma proposta provisória para encerrar paralisação de parte da corporação no Ceará. A proposta provisória ainda não está totalmente concluída pelo governador Camilo Santana (PT). No momento, entre as principais demandas apresentadas pelos policiais, está a anistia total aos grevistas. Ontem, uma decisão do TJ-CE, decidiu que todos os 43 policiais militares que já foram presos por deserção durante o motim no Ceará, permanecerão presos, sem perdão de pena.

O representante dos PMs, Cabo Sabino, afirmou que caso não aconteça a renovação da permanência das Forças Armadas no Estado, mas haja acordo na reunião desta sexta-feira, (28), os policiais grevistas retornarão ao serviço de imediato. A maioria da população cearense tem mostrado insatisfação com a atuação das Forças Armadas no Ceará, já que os números de assassinatos só crescem.

O presidente Jair Bolsonaro afirmou ontem, (28) mais cedo, que a GLO “não é eterna”, e que o governador Camilo Santana (PT) deve “resolver esse problema”, declarou Bolsonaro.