O que há contra? A nova lista Janot se baseia nos acordos de delação com 78 executivos do grupo Odebrecht, que reúne de diversas empresas, entre elas a maior empreiteira do país. Os executivos citaram mais de 130 políticos de todos os grandes partidos como destinatários de dinheiro do caixa dois da empresa.
Cláudio Melo Filho, ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht, contou que o senador recebeu cerca de R$ 2,1 milhões, para defender os interesses da Odebrecht na Medida Provisória 613/2013. Os pagamentos foram realizados entre outubro de 2013 e janeiro de 2014. Tinha o codinome “Índio”.
Cláudio Melo Filho afirmou também que Maia recebeu R$ 500 mil para campanha em 2010 (para deputado) e mais R$ 100 mil em 2012 (para a prefeitura do Rio). Os pagamentos seriam em troca do apoiar à MP 613, de interesse da empreiteira. Ele tinha o codinome “Botafogo”.
Entre os pedidos de investigação enviados ao STF estão Lula, Dilma e os senadores Aécio Neves e José Serra. A nova lista de Rodrigo Janot atingiu em cheio a cúpula do governo e do Congresso e caciques dos três maiores partidos do país.