Ceará

Insegurança / Após reeleição, governo Camilo Santana (PT) revela o mapa do crime organizado

O domínio foi repartido pelo tráfico de drogas, e até mesmo a (SEJUS) passou a ser refém do crime e a fazer arranjos para alocar os detentos, conforme a organização com a qual simpatiza.

Após passada as eleições que reelegeu Camilo Santana (PT) a governador do Ceará, por mais 4 anos, a Secretaria de Justiça, enfim, revelou o Mapa das Facções instaladas no Estado. Em editorial, a Revista Ceará tinha antecipado e revelado anteriormente o mapeamento do crime organizado no Ceará. Os nomes de três facções predominam nas grandes unidades da RMF e nas Cadeias Públicas do Interior.

A rotina exaustiva e o medo tomam de conta dos Agentes Penitenciários que controlam o dia-a-dia dos presídios. “Eu não aguento mais. Esse lugar é um inferno”, diz o agente penitenciário, na saída do Complexo Penitenciário de Itaitinga, depois de mais um dia de trabalho, em meio a um motim. Os presídios do Ceará foram loteados por facções criminosas, com o apoio do Governo do Ceará, nos últimos 2 anos.

O domínio foi repartido pelo tráfico de drogas, e até mesmo a (SEJUS) passou a ser refém do crime e a fazer arranjos para alocar os detentos, conforme a organização com a qual simpatiza.

Conforme as estatísticas do Governo, 29.412 presos estão sob custódia do Estado. Destes, 25.629 estão em regime fechado. A superlotação é um problema recorrente. O excedente nas grandes unidades é de 66%, e nas cadeias públicas do Interior chega a 149%. Os números são ainda mais impactantes se vistos pelo total de vagas, são apenas 13.830 para quase 30 mil pessoas.

Nas grandes unidades, situadas principalmente na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) a facção carioca Comando Vermelho ocupa quatro penitenciárias; o Primeiro Comando da Capital (PCC) está concentrado apenas na Casa de Privação Provisória de Liberdade (CPPL) III; e a facção local Guardiões do Estado (GDE) está em outras quatro unidades. A Família do Norte (FDN) divide a Penitenciária Industrial Regional de Sobral (Pirs) com o CV. No Centro de Execução Penal e Integração Social Vasco Damasceno Weyne (Cepis) estão os detentos que não fazem parte – ou não se declaram – de facções, a chamada ‘massa carcerária’.

No Interior do Estado, a situação é muito parecida. Metade dos equipamentos estão comprometidos O CV predomina em 26 Cadeias Públicas, a GDE em 23, e o PCC em 20. Conforme a Sejus, 61 cadeias não têm uma predominância.