Ceará, Cidades

Greve: 61% das prefeituras cearenses estão com contas no vermelho

A mobilização na AL-CE repercutiu entre deputados, que recepcionaram os prefeitos durante o ato, e também ecoou na pauta na sessão plenária da Alece de hoje.

IMG 3741

Dados enviados pelas prefeituras cearenses através da APRECE à Secretaria do Tesouro Nacional do governo Lula (PT), revelam que 61% delas fecharam as contas no vermelho nos seis primeiros meses do ano. Em 2022, no mesmo período, a situação atingiu um percentual bem menor, de 11%.

Para a Confederação Nacional de Municípios (CNM), o cenário se explica pela queda dos repasses federais decorrente do atraso do pagamento de emendas parlamentares. A entidade cita, ainda, a “expansão generalizada do gasto público, em especial das despesas de custeio” como o outro motivo do déficit nos municípios cearenses.

A queda dos repasses foi o que motivou a greve de prefeitos em evento na Assembleia Legislativa. O deputado estadual Sérgio Aguiar (PDT) cobrou empenho do líder do governo deputado Zé Guimarães (PT) e do ministro Camilo Santana (PT) nas negociações. Já o deputado Alcides Fernandes (PL) sugeriu que os prefeitos se façam presentes na próxima, sexta-feira, para pressionar Lula durante evento do Banco do Nordeste em Fortaleza.

A mobilização na Assembleia foi organizada pela (Aprece) liderada pelo prefeito Júnior com a campanha “Sem FPM (Fundo de Participação dos Municípios) não dá”. O superávit, conforme a confederação, saiu de R$ 1,6 bilhão para um déficit R$ 53 milhões. “Se nos primeiros seis meses de 2022 somente 19 cidades incorriam em déficit, neste ano já são 110 cidades (quase 6 vezes a quantidade do ano anterior)”, explica Júnior.