Prejuízos gerados pela companhia são incalculáveis e vão desde residências, hospitais, indústrias, supermercados, restaurantes, frigoríficos, laboratórios entre outros, afetados.
Considerada umas das piores fornecedoras de energia que já passou pelo Estado do Ceará, a Enel-Ceará tenta se livrar de uma multa milionária em R$ 28 milhões aplicada pela ARCE por má prestação de serviço. Os prejuízos gerados pela companhia no Ceará são incalculáveis e vão desde residências, hospitais, indústrias, supermercados, restaurantes, frigoríficos, laboratórios entre outros, afetados.
A Enel afirmou que irá recorrer, pois considera que as razões justificadas pela ARCE ao seu “enquadramento” como punição seria “muito genéricas”, no entendimento da companhia. Um dos principais problemas apontados pela Arce o serviço prestado pela Enel, que têm base, sobretudo, no aumento do índice de reclamações dos clientes da distribuidora, diz respeito à demora na religação de energia em casos de quedas. O órgão registrou, por exemplo, que, no ano passado, Poranga ficou no topo da lista das cidades que mais sofreram com essa demora, com uma média de 14,37 horas para o atendimento completo.
Em Fortaleza, as subestações com mais problemas desse tipo foram Bom Jardim, Barra do Ceará, Messejana, Dias Macedo e Mondubim. De acordo com a Arce, entre 2021 e 2023, o registros de problemas com fornecimento de energia elétrica no Ceará passaram de 1,4 mil para 2,5 mil, um acréscimo de 82,3%. Entre os principais problemas estão interrupções de energia com duração igual ou maior que três minutos; interrupções com, no mínimo, uma unidade consumidora afetada; e interrupções de responsabilidade exclusiva da Enel.
Além disso, foi registrado aumento nos casos em que os atendimentos para solução dos problemas demoraram mais de 24 horas. Esse percentual mais que dobrou, passando de 3,02% em 2021 para 6,10% em 2023.