Barroso reconheceu que soluções para notícias falsas “não são fáceis”, mas foi enfático: “Imprensa de qualidade e checagens de fatos são ferramentas vitais (nesse combate) .
Em tom sereno, o futuro presidente do TSE comprometeu-se a apoiar a imprensa e a checagem de fatos e a estabelecer pontes com a atual ocupante do cargo, sua colega de Supremo, a ministra Rosa Weber.
“A verdade é que muitos de nós achávamos que a internet poderia se transformar na grande esfera pública da democracia deliberativa, onde haveria um debate público amplo, no qual todos poderiam participar e venceria o melhor argumento. Eu, na verdade, ainda alimento essa expectativa no futuro. Mas, neste momento, a internet promoveu uma tribalização muito grande. Promoveu pavorosas campanhas de desinformação, campanhas de ódio. Como civilização, precisamos pensar como retomar as potencialidades positivas da internet como foro de debate público. A checagem de fatos é um dos filtros para a quantidade de bobagem (que circula) e a imprensa de qualidade o que ensejará o combate às fake news”, disse o ministro.
Barroso reconheceu que soluções para notícias falsas “não são fáceis”, mas foi enfático no encerramento do Fórum Brazil UK 2019: “Imprensa de qualidade e checagens de fatos são ferramentas vitais(nesse combate) . Não há como correr atrás com justiça. Imaginar que a prática comum possa ser a Justiça intervir para interromper a circulação de informações é ruim. Dialoga com a censura, que é um fantasma de minha geração. É uma idéia aterradora”.