Avaliação é feita com base no atual cenário da pandemia e como a variante Ômicron do novo coronavírus tem se comportado nos países em que chegou primeiro.
A África do Sul, Reino Unido, Canadá e Austrália, por exemplo, registraram entre 4 e 6 semanas de aumento expressivo no número de infecções até atingir o pico. Em seguida, houve queda acentuada. O infectologista e pesquisador da Fiocruz Julio Croda afirmou que o padrão deve se repetir no Brasil.
Na África do Sul, onde a cepa foi identificada no final de novembro, o pico foi atingido em 17 de dezembro, com 23 mil infecções. Atualmente, o país tem menos casos do que nos primeiros dias daquele mês, 4.636 mil.
“Vamos observar essa curva aqui e o estado onde isso será visto precocemente é São Paulo, que teve os primeiros casos. No entanto, como teve réveillon e férias, houve uma sincronização entre as regiões. É um tsunami que vem e vai muito rapidamente. Se considerarmos a semana entre Natal e Ano Novo como início da curva epidemiológica, teremos o pico no começo de fevereiro para depois começar a queda. Isso, claro, se a nossa curva epidêmica se comportar de forma semelhante”, ressalta Croda.
A descoberta da variante Ômicron, em meados de novembro de 2021, mudou o curso da pandemia. Em poucas semanas, o vírus ultrapassou as fronteiras de dezenas de países, levando ao aumento expressivo do número de novos casos diários em todo o mundo.