Negócios

Consumidores e empresários relatam cautela com a economia brasileira

Consumidores de Fortaleza se mostram um pouco mais confiantes na economia. Já o empresariado apresenta uma leve queda na economia no período setembro/outubro.

Os consumidores de Fortaleza se mostram um pouco mais confiantes na economia. Já o empresariado apresenta uma leve queda na economia no período setembro/outubro. É o revelam as pesquisas Índice de Confiança do Consumidor de Fortaleza (ICC) e o Índice de Confiança do Empresário do Comércio (ICEC), ambas realizadas pelo Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento do Ceará (IPDC), da Fecomércio-CE.

O Índice de Confiança do Consumidor apresentou aumento de +2,6%, passando de 106,6 pontos em setembro, para 109,3 pontos neste mês. A recuperação do índice geral de confiança veio acompanhada do crescimento das intenções de compra, o que sugere maior ânimo do consumidor para as compras de fim de ano.

A pesquisa também revela que 54,5% dos entrevistados mostram boa disposição para a compra de bens duráveis, resultado superior ao observado em setembro, quando 46,8% responderam afirmativamente à mesma pergunta. Dentre os que mostraram mais entusiasmo, destacam-se os consumidores do sexo feminino (54,6% dos entrevistados desse grupo afirmam que outubro é um bom momento para compra de bens de consumo duráveis) do grupo com idade entre 18 e 24 anos (62,4%) e do estrato com renda familiar acima de dez salários mínimos (74,9%).

O estudo ainda mostra que 64,4% dos consumidores de Fortaleza consideram sua situação financeira atual como melhor ou muito melhor do que há um ano – taxa superior à verificada em setembro (63,7%). Já as expectativas com o futuro se mostram mais otimistas, com 76,3% dos entrevistados acreditando que sua situação financeira futura será melhor ou muito melhor do que a atual.

Sobre a percepção do ambiente econômico nacional, 51,4% dos consumidores entrevistados acreditam em piora no cenário nos próximos doze meses. Apesar de sinalizar pessimismo com relação ao cenário econômico, esse indicador apresentou avanço relativo quando comparado com o setembro (53,8%), sugerindo melhora das expectativas.

Empresários

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Ceará – ICEC do bimestre setembro/outubro teve leve redução de -0,6% no sentimento geral de confiança dos empresários, com o índice passando de 99,8 pontos, no bimestre julho/agosto, para 99,3 pontos na medição atual.

Com esse resultado, o Índice de Confiança do Empresário se mantém no campo que indica pessimismo (abaixo dos 100,0 pontos), ainda que esteja acima do índice do mesmo período do ano passado (94,7 pontos). Dos seus componentes, somente o Índice de Situação Futura permanece no campo de otimismo, o que sugere uma combinação de preocupação com o momento atual com esperança na retomada da economia a médio prazo.

O Índice de Situação Presente – ISP teve diminuição de -2,2%, saindo de 76,1 pontos no bimestre julho/agosto, para 74,4 pontos na medição atual. O pessimismo é influenciado pela percepção de piora nas condições gerais da economia para 76,8% dos entrevistados e os reflexos sobre as empresas, com 83,4% das respostas indicando piora nas condições gerais dos negócios nos últimos seis meses.

Já o componente Índice de Situação Futura – ISF retraiu -0,8%, passando de 125,2 pontos no último bimestre para 124,3 pontos no período setembro/outubro, mas ainda se mantendo no campo que indica otimismo. Colaborou para esse resultado a expectativa de momentos melhores para o setor de atividade para 71,8% dos entrevistados e a previsão de crescimento de vendas nos próximos seis meses para 87,1% dos empresários consultados.

Finalmente, quanto ao Índice de Investimentos das Empresas – IIE, houve melhora de +1,2%, resultando em um indicador de 90,9 pontos. O IIE reflete os planos de dispêndio de capital, com 89,9% dos empresários esperando queda no nível de investimentos, e menor disposição para contratar, intenção revelada por apenas 30,1% dos consultados.