Paulo Guedes reconheceu que dinheiro está empoçado nos bancos e sinalizou mais medidas para liberação. Burocracia impede que empresários cheguem aos recursos para salvar seus negócios.
Após o Banco Central ter anunciado a liberação de R$ 1,2 trilhão para as instituições financeiras nas últimas semanas, numa estratégia para manter a liquidez no mercado durante a pandemia do novo coronavírus, o governo demonstra preocupação com a retenção dos recursos nos bancos.
Os bancos emprestaram R$ 1,1 trilhão desde o início da pandemia no Brasil, segundo balanço da Febraban. O valor, referente aos meses de março a maio, representa alta de 5,4% na comparação com o mesmo período de 2019. Para contornar o problema, conforme Guedes, o governo está trabalhando para que o dinheiro chegue diretamente a quem precisa: famílias e empresas. “Começamos agora a dar dinheiro na veia, direto para as empresas”, afirmou o ministro.
“Mesmo em meio a um cenário bem adverso decorrente da pandemia, os bancos fizeram relevantes concessões de crédito, na casa de R$ 1,1 trilhão, incluindo operações novas, renovações de dívidas e carências de parcelas vencidas no período”, disse o presidente da Febraban, Isaac Sidney, ao jornal Estadão.