Ceará

Ceará / Tasso sinaliza apoio à Ciro em 2022 em troca de apoio à presidência do Senado

A reaproximação entre Tasso, Ciro e Cid, não agradou nomes como o de Francini Guedes que renunciou à presidência do PSDB no Ceará, além de General Theóphilo.

Eleito para o Senado com mais de três milhões de votos, o ex-governador do Ceará e atual senador eleito Cid Gomes (PDT) articula a criação de um bloco de oposição que, de início, teria 17 dos 81 senadores, mas poderá unir siglas e nomes como do PSDB, Rede, PSB, PPS, PHS e PRB. Na Câmara, o PDT faz um movimento parecido com PSB e PCdoB.

Após os mais diversificados discursos agressivos e acalorados de ambos os lados, nas últimas eleições, em troca de apoio à presidência do Senado Federal Tasso Jereissati (PSDB) volta atrás e negocia com Cid Gomes (PDT) e já sinaliza apoio a Ciro Gomes em 2022 à presidência da República como oposição a Jair Bolsonaro (PSL). A reaproximação de Tasso com Ciro e Cid, logo após o resultado das urnas no Ceará, revoltou diversos militantes do partido incluindo seu próprio presidente Francini Guedes e o candidato derrotado ao Governo do Ceará, General Theóphilo (PSDB). “Isso é uma patifaria, não faço parte desse jogo,” disparou Theóphilo visivelmente indignado com o atitude de Tasso.

No Ceará a notícia de que Tasso Jereissati (PSDB) se reaproximara e retomaria as negociões com Ciro e Cid (ambos desafetos políticos) e integraria o novo bloco de oposição ao governo do novo presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) no Senado, pegou muitos graúdos da legenda partidária do PSDB de calças curtas como por exemplo o próprio presidente da legenda no Ceará o ex-deputado Francini Guedes que chegou a renunciar indignado, à presidência da legenda no Ceará e no seu lugar quem assume é Raimundo Matos, que promete devolver o papel de oposição e destaque dos tucanos nas eleições de 2020.

Presente na reunião que uniu tucanos e aconteceu na última segunda-feira (20), General Theophilo, candidato ao governo, disse que há três dias espera um resposta do senador Tasso, que não compareceu ao encontro. O desabafo também subiu o tom com a aliança de Tasso com os FGs na oposição a Jair Bolsonaro.

Indignado e visivelmente constrangido, General Theóphilo disparou; “Sou um político sério, fiz campanha toda contra essa gente e não aceito aliança de PSDB com eles,” disse o candidato derrotado ao Governo do Ceará.

O senador eleito Cid Gomes (PDT) considera que Tasso Jereissati (PSDB) seria um nome “excelente” para a presidência do Senado a partir do ano que vem. Recentemente chegou a afirmar que o tucano tem o perfil “daquilo que se imagina para este lugar, mas certamente não é o único nome”.

As declarações de Cid repercutiram entre lideranças políticas no Ceará. Sobre a possibilidade da indicação de Tasso, o deputado estadual Carlos Matos (PSDB) conta que é “o melhor nome que há hoje no Senado para presidir”. “Ele reúne as características que precisa: integridade moral, capacidade de gestão, tem experiência de governador, de senador, e o Brasil está querendo repaginar um novo momento”, avalia.