Houve recuo por parte do governo Camilo Santana (PT), contrapondo a decisão de Mauro Albuquerque, no combate ao crime organizado no Estado.
Apesar das medidas firmes e duras impostas pelo novo Secretário Penitenciário nomeado pelo Governo do Estado, Mauro Albuquerque, presos e líderes do crime organizado continuam sendo separados e reconhecidos por facções, orquestrando grupos de dentro da alas das unidades prisionais no Ceará.
Com a nova etapa de realocação de presos nas unidades, o governo reconheceu novamente as facções e seus líderes, separando e seguindo a identificação dos internos de acordo com os grupos criminosos na qual fazem parte; ‘PCC, CV e GDE’, o que contradiz à declaração de Mauro Albuquerque, que logo no primeiro dia à frente da Pasta, afirmou que não reconheceria facções, nem a separação destas por unidades prisionais.
Por exemplo, 119 presos que estavam na Cadeia Pública de Acaraú, que era dominada pelo Comando Vermelho (CV), foram transferidos para a Unidade Prisional Agente Luciano Andrade Lima (antiga CPPL I), em Itaitinga, que também concentra internos ligados à facção carioca. Outro exemplo, são os 50 internos da unidade de Morada Nova, onde havia predomínio dos Guardiões do Estado (GDE), que foram realocados no Instituto Penal Professor Olavo Oliveira (IPPOO II), também em Itaitinga, onde há prevalência da organização criminosa originada no Ceará.
A presidente do Conselho Penitenciário no Ceará (Copen), advogada Ruth Leite Vieira, confirma que a SAP não colocou em prática, pelo menos até o momento, o plano de misturar criminosos ligados a facções diferentes, dentro da mesma unidade.