Banco quer reverter a medida cautelar dada à companhia e exercer seus direitos como credor da varejista, que declarou ter um rombo R$ 20 de bilhões no seu balanço.
A briga entre a loja Americanas , o banco BTG Pactual e seus credores, não deve ser nada amigável depois de a empresa ter conseguido se blindar na Justiça contra bloqueios e sequestro de bens dos seus acionistas.
No documento protocolado no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), os advogados do banco de investimentos acusam Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira de má-fé na gestão da Americanas e na relação com a instituição financeira. Eles são donos de várias empresas no Brasil e no exterior, como a @abinbev, a @kraftheinzus, o @burgerkingbr, a @popeyesbrasil, @stellaartoisbrasil, @ambev, @brahmacerveja, entre outras marcas.
O banco quer reverter a medida cautelar dada à companhia e exercer seus direitos como credor da varejista, que declarou ter um rombo R$ 20 de bilhões no seu balanço. Na carta ao desembargador do TJ-RJ, os advogados ainda qualificam de premeditada a ação dos executivos do 3G, maiores acionistas da Americanas.
“Os três homens mais ricos do Brasil (com patrimônio avaliado em R$ 180 bilhões), ungidos como uma espécie de semideuses do capitalismo mundial “do bem”, são pegos com a mão no caixa daquela que, desde 1982, é uma das principais companhias do trio. É o fraudador pedindo às barras da Justiça proteção ‘contra’ a sua própria fraude. É o fraudador cumprindo a sua própria profecia, dando verdadeiramente ‘uma de maluco para esses caras saberem que é pra valer’”, disse o BTG em carta.