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Brasil / Cresce em 5 anos o número de atiradores profissionais e colecionadores de armas no Brasil

Com a ascensão de políticos que pretendem rever o Estatuto do Desarmamento, clubes de tiro também já registram aumento na procura.

Número de atiradores, colecionadores de armas e caçadores quadruplica no país em cinco anos. O dado foi fornecido pela Confederação de Tiro Prático, com base em registros concedidos pelo Exército para que pessoas que se enquadram nessas categorias possam comprar uma arma. Com a ascensão de políticos que pretendem rever o Estatuto do Desarmamento, clubes de tiro também já registram aumento na procura.

O uso de armas por civis no Brasil voltou ao centro das discussões com a ascensão de grupos políticos favoráveis à revisão do Estatuto do Desarmamento, aprovado em 2003. Paulo Coutinho, dono de um clube de tiro no Centro do Rio, diz que a procura se acentuou esse ano e cresceu cerca de 30% após a eleição de Jair Bolsonaro pra presidência.

Quem quer ter uma arma legalizada deve procurar a Polícia Federal ou o Exército. Mas a licença pelo meio militar só é concedida a caçadores, colecionadores e atiradores. Hoje, mais de 60 mil permissões do Exército estão ativas. Em todo o país, estabelecimentos oferecem serviços de despachante por cerca de R$ 2 mil para auxiliar até quem nunca atirou a dar entrada no pedido. Os pacotes incluem desde a filiação a um clube de tiro a emissão de certidões.

Quem tem a autorização, pode transportar a arma carregada de casa ao local de treinamento. Membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Isabel Figueiredo critica o aumento das concessões de registro pelo Exército.