Vereador Léo Couto, líder do PSB na Câmara Municipal de Fortaleza, está questionando o aumento nos valores dos contratos de consórcios públicos da Prefeitura de Fortaleza.
Conforme o parlamentar, há um acréscimo excessivo no valor desses contratos, que saltou de R$ 143 milhões em 2018 para R$ 233 milhões em 2023, de acordo com o Portal da Transparência. Os dados representam uma alta de aproximadamente R$ 90 milhões no teto de gastos destinado a esses consórcios. “O que nos causa estranheza é que esse valor não precisa ser gasto em sua totalidade. É justamente em um ano eleitoral que o montante aparece mais elevado”, contestou.
Léo explica que a administração atual criou dois consórcios para a prestação de serviços na cidade. O primeiro foi estabelecido em 2018 e encerrou suas atividades no final de 2023. O vereador informou que o segundo consórcio foi iniciado no fim do ano passado com outro nome, mas com as mesmas empresas participantes. Segundo ele, foi a extinção do primeiro consórcio e criação do segundo que teria provocado o aumento de R$ 90 milhões no limite de gastos. O pessebista questiona o que provocou o aumento, considerando que houve uma diminuição na quantidade de serviços realizados. “Não podemos ignorar esse aumento significativo nos contratos públicos desse tipo. E repito: os consórcios apenas mudaram de nome, mas continuam privilegiando as mesmas empresas”, afirmou.
O vereador lembrou que cabe ao legislativo municipal, e aos vereadores, a missão de fiscalizar os atos do Executivo. E ressaltou que é dever dos que foram eleitos pelo povo, zelar pela boa gestão e eficiência na aplicação dos recursos públicos. “Entre os dados mais alarmantes, está o aumento nas ações de limpeza nos eventos. A gestão de Sarto aumentou de 34 mil horas trabalhadas em 2018 para 59 mil horas em 2023, mas diminuiu a cobertura da área dos serviços”, pontuou.
Léo Couto chamou a atenção, ainda, para o aumento do teto de custo para serviços de obstrução das bocas de lobo na capital. Com base no “novo consórcio”, houve uma diminuição na quantidade dessas intervenções de forma incoerente. “Isso também nos deixa impactados, pois o segundo semestre de 2023 deveria ter sido marcado por um aumento nas obras de prevenção para as chuvas, mas houve diminuição dos serviços e possibilidade de aumento dos gastos”, observou.